quinta-feira, 15 de junho de 2017

Maratona de Porto Alegre: Parte 2

A véspera de uma prova já é difícil. Soma aí uma em que você treina há 5 meses. Soma também a mente de uma pessoa que já é ansiosa. É mais ou menos este o tamanho da insônia pré-maratona.
Claro que tomei minhas medidas de prevenção: Remilev (pra quem não sabe, um composto de valeriana- princípio do Valium) e um remédio rosa, contra alergia, importado, que não vende no Brasil, que dá um sono monstro, indicado pela minha amiga médica que corre muito- sem mais detalhes, identidade "secreta". E tudo com muita antecedência: tomando o Remilev desde quarta-feira e o "rosa" na hora do voo e na hora de dormir do sábado.
Jantei às 7 horas da noite, Me arrumei pra dormir e arrumei todos os detalhes para a maratona do dia seguinte, o que deu muitas dúvidas porque não fiz nenhum treino no frio- e estava bem frio. Deitei para assistir TV às 9 horas. Às dez horas, tentei dormir. Foram quase duas horas de rolamento na cama e de pensamentos doidos, nem todos referentes à corrida, uma  bagunça só: desde preocupações com a vida escolar da minha filha até no motivo de alguém gostar do programa do Luciano Hulk. O cérebro não desligava. O relógio iria despertar às quatro e meia. Liguei o celular, já na desistência mesmo, e escrevi no google: "insonia pré-maratona" e achei este texto AQUI, Não tenho palavras para agradecer ao autor do texto, pois após a leitura, o cérebro sossegou total e dormi profundamente até o despertar do relógio.
Obs: Pra quem está com preguiça de ler, o texto fala (com dados e pesquisas) como o polimento- período de descanso antes da maratona- é mais importante que a noite da véspera. Informação preciosa pra qualquer corredor insone.

Nunca tinha visto um café servido tão cedo antes e nem tantos corredores disputando mesas juntos. Alguns até brigavam com funcionários (uma injustiça, não faltou nada!) e acabei sentando com desconhecidos mesmos.Vi que a maioria estava de boné, não de touca e fiz o mesmo depois. Roubei bananas, voltei pro quarto e lá fui pegar o ônibus para a prova. Muito silêncio no ônibus e muito frio fora dele. Quando descemos, tentamos nos abrigar na tenda dos médicos e fomos expulsos educadamente. O jeito foi ficar pulando até a largada, estava uma escuridão total. E foi chegando gente e o horário da largada. Sem vento, ainda bem. E a multidão foi deixando tudo quentinho. Lembrei do documentário "A marcha dos Pinguins" e da forma como eles se aquecem naquele frio do caramba. Parecíamos todos aqueles pinguins naquele momento.

A largada atrasou uns 20 minutos, muita gente fazendo filmagem com celular. Mas finalmente a MARATONA começou...



Tô bem atrás, no meio da multidão.


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