segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

O Paradoxo da Maratona de Curitiba


Só agora, após praticamente 15 dias da maratona de Curitiba, escrevo sobre como ela foi. Foi a retrospectiva mais demorada que já fiz de uma maratona. E atribuo a isto alguns motivos:
  • Meu computador está uma bosta!
  • Eu fico muito estressada no mês de novembro: É época de fechamento de notas dos meus alunos, atribuição de aulas, conselhos de Professores e também preciso ajudar minha filha a estudar para as avaliações finais. Todo o cansaço do ano chega e não há como desconsiderar estes aspectos  na minha percepção da Maratona de Curitiba: o peso do cansaço do ano, ainda mais neste que praticamente não teve feriados “úteis” foi levado comigo para Curitiba.
  •  Inconscientemente, talvez, eu adiei este relato para que o tempo me desse mais tempo de avaliar os fatos ocorridos no último 17 de novembro de 2019 ( E olha só esta frase, parece uma introdução de texto literário! As maratonas são uma saga mesmo!)
  •   Primeira maratona acompanhada o tempo todo: é muito diferente isto e ainda não sei se isto é legal, pois a gente carrega também um certo peso de estar atrapalhando alguém que corre mais que a gente - mesmo ela falando que sabia que seria assim, que é o que a Joana falou pra mim. Em treinos, não ligo muito pra isto não, mas em provas isto é diferente!  E é estranho escrever uma perspectiva totalmente pessoal de algo que foi feito em dupla. 
  • E vamos lá então, já que comecei em tom literário, vou escrever em tom literário aqui:
                                                 Saga de uma maratona

“Naquela manhã de domingo do dia 17 de novembro, o dia estava lindo e o clima ameno. Como Joana e eu estávamos em um flat praticamente dentro do calmíssimo Bosque do Papa, ouvíamos o som de passarinhos da janela, uma manhã idílica. As roupas e acessórios de corrida já estavam arrumados no dia anterior, e mesmo me esquecendo do Garmim em casa, o que eu lamentava mesmo era os meus óculos escuros,  que eu também tinha me esquecido: como correr uma maratona sem óculos escuros? Uma tragédia!
O café da manhã foi  saudável, claro,  e coloquei quase todo o pote de vaselina nos meus pés, o que deu muito certo, pois após a maratona, pela primeira vez não tive bolhas, e, por outro lado foi ruim, pois esqueci de proteger a minha boca e fiquei com os lábios todos estourados durante uma semana! 
E fomos a pé até a largada, ficamos num lugar realmente maravilhoso, a Joana escolheu muito bem! Encontramos mais um corredor no caminho, que já tinha corrido 12 maratonas- e eu me achando por esta ser a minha 5ª! Na largada, me chamou a atenção uma moça urinando por cima da roupa, agachada, e toda aquela urina escorrendo no chão, confesso que achei inapropriado, mesmo entendendo os motivos dela (fila gigantesca no banheiro). Também chamou a atenção um homem com uma placa no rabo escrito “fora STF” e é claro que a placa estaria no rabo mesmo, que é um lugar que este pessoal tem certa obsessão. Estávamos ao lado do pacer de 5:30, que iria correr carregando um carrinho de criança.  E a largada aconteceu.
Nos primeiros momentos, plano (ou quase), o grande momento foi ouvir parte da torcida do Coritiba em cima do viaduto com a sua bateria para animar a gente. Mas à medida que o os quilômetros foram sendo percorridos, fui ficando mais irritada, pois as subidas eram constantes, mesmo que não fossem tão “inclinadas”. Não havia altimetria de  "descanso". E aquilo foi me dando uma irritação e um arrependimento, o cenário ia ficando cada vez mais sem graça e eu me perguntando: “se era pra correr num lugar feio e cheios de subidas como aqui, deveria ter feito a maratona de Sorocaba ou Campinas mesmo”, “não acredito que gastei dinheiro pra vir pra um lugar destes!”, " Nem parque do Iguaçu, nem Cachoeiras no final. Cadê a beleza de Floripa? Cadê Copacabana do Rio? Cadê o Centro Histórico, só vejo mercados nesta bagaça!”
E o ódio foi subindo meu coração! E a Joana, toda bondosa, indo na frente pegar água pra mim e tentando me animar! Pedi os óculos dela, precisava de um filtro para aquilo tudo e ela me emprestou e nem assim me animei: No 8km resolvi começar a andar, aquelas subidas eram um desaforo! Emburrei mesmo e foi assim, neste estado de correr e andar que cheguei nos 21km mais ferrados que já corri. Que vontade de desistir e só não o fiz não porque estava sem dor !
Até os 21km, conversei e vi pessoas interessantes: conheci uma mulher já idosa que já foi profissional e esta era a 101ª maratona dela (segundo ela) e ela também estava “administrando” a maratona andando de vez em quando ( adorei o termo “administrar” pra situações assim, vou usar mais vezes) Teve um cara que disse que quebrou na maratona anterior e que estava tentando se superar agora, para vencer o trauma! Teve um senhor de 80 anos, famoso aqui na região, correndo também e fiquei com uma vergonha danada de andar e voltei a correr quando vi ele.
E eu dizendo pra Joana ir em frente e ela não ia, porque não foi este o combinado. Eu fiquei impressionada com a determinação dela em me "carregar"! E uns 3 kms à frente, na curva, vi o pacer de 5:30 passando com o carrinho de criança...
Depois dos 21km começaram dois milagres, o primeiro das descidas – finalmente-  e o segundo, o mais inesperado e belo de toda a maratona: as pessoas e a “feira” que se iniciava. O tempo todo assessorias torcendo, crianças estendendo a mão para dar uma força, comida e bebida : melancia, bananas picadas, sorvete, refrigerantes e tinha até cerveja! E também começaram a aparecer algumas árvores. E a esperança renasceu dentro de mim e eu fui comendo e bebendo tudo que ofereciam e a maratona foi ficando uma festa até o km 38.
A partir dos 38km (ou por aí) chegamos perto da entrada do Jardim Botânico e é claro que não entramos nele porque parece que a regra desta maratona era continuar feia do começo ao fim. E começaram umas subidas realmente inclinadonas, e aquilo só poderia ser sacanagem, bem no final, quando já estamos morrendo! O interessante é que o último km é uma descida gigantesca, mas nem assim  me animei: os efeitos das comilanças lá atrás começavam a aparecer. 
Até que finalmente acabou a maratona, amém"

                                                                           FIM


EPÍLOGO 1: Tô com vontade de voltar em 2020 pra Maratona de Curitiba: me internem! Mas antes, tenho a SPCITY como certeza, já passou da hora de correr uma maratona "em casa". 

EPÍLOGO 2: E estes pensamentos que a gente tem durante uma maratona: "Nunca mais vou fazer", duram sempre? Tô me sentindo uma fraude...




O que a gente não faz por uma medalha destas?
Eu e Joana: obrigada pela paciência ♥️

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Último Super Longo para Curitiba

E um feito histórico aconteceu nesta periodização de treinos para a maratona: não fiz nenhum super longo sozinha! Mesmo com quase ninguém que conheço (só a minha amiga Joana que vai comigo) se preparando para uma maratona em novembro, consegui companhia o tempo todo! Achei o máximo!
Foram 6 super longos: 28km, 30km, 32km, 28km, 35km e, no último sábado, 30km. E um dos "descansos" foi correr uma meia maratona!
As novidades desta vez, além das constantes e ótimas companhias de treino, foram: a descoberta da creatina, que possibilitou que eu mal me lembrasse no dia seguinte dos km que fiz e uma certa adaptação tranquila com a distância, sem nenhum colapso muscular. Em compensação, não fiz nenhum super longo ritmado com finalidade de tempo  e por isto já sei que não vai acontecer nenhum milagre de sub 4 horas  no dia 17 de novembro agora ( Quem sabe em Buenos Aires em 2020?)
Outra novidade: eu nunca corri a maratona de São Paulo por ela acontecer em abril- o que significaria treinos intensos em pleno verão - mas estou aqui me derretendo  num calor absurdo para conseguir correr em Curitiba. E detesto calor e sol quente, estou morrendo de medo desta temperatura!
E para continuar as novidades desta maratona em relação às outras: vou correr os 42km com uma pacer o tempo todo, alguém que corre mais que eu e não faço a mínima ideia como será isto! Nem em hotel vou ficar, desta vez será apartamento, vou dividir até quarto: é muita novidade para esta 5ª maratona, só espero que a ansiedade me deixe dormir na véspera, Santa valeriana, me salve!

E a cor da Maratona de Curitiba será verde, por causa dos óculos escuros que ficam lindos com lentes desta cor!

Não sei se quero correr uma maratona em novembro de novo, a não ser se um dia eu correr a minha sonhada maratona de Nova York ou eu estiver aposentada. Em novembro,  estou no mais puro pó da alma: as preocupações da vida e do trabalho vão aumentando e vão pesando nos ombros e já é um esforço danado me manter ativa , imagine então somar um treinamento para  maratona! Então, o que mais desejo é que chegue o dia 18 de novembro, quando começará uma fase de uns 15 dias para descansar o corpo das corridas do ano: vou fazer só pilates, talvez um dia da semana eu faça musculação, mas não vou correr nenhum km, nem caminhada quero fazer! Talvez aumente as férias de corrida o restante do mês, faça uma dieta doida (vou estar sem correr mesmo!), sei lá! So sei que esta será uma grande motivação para a maratona de Curitiba no dia 17:  correr com todas as minhas forças já sabendo que vou descansar bastante depois! A outra motivação é correr em homenagem aos amigos e meu marido que me ajudaram tanto neste processo! 
(E torcer pra não ficar doente novamente no dia, já não basta isto ter acontecido no Rio...)


Quanto ao meu último treino: foi ÓTIMO, com pessoas maravilhosas e muito pacientes ( o Marco e o Paulo correm MUITO mais que eu, mas mesmo assim correram no meu ritmo e fizeram todas as paradas que precisei, eu acho incrível), a única coisa que não sei é se sofri por causa do treino ou por causa DO SOL HORROROSO QUE FRITAVA A PELE O TEMPO TODO E DO CALOR ACIMA DE 32 GRAUS. Mas foi show e foi um treino FILMADO, foi super chique isto, me senti no canal OFF ( meu sonho é aparecer naquele canal, pronto: confesso. )

E que venha Curitiba💓💓💓



terça-feira, 22 de outubro de 2019

O Super Longo dos Sonhos e o poder motivacional de uma cerveja


E não é que consegui achar beleza e graça na região de Sumaré? Estou maravilhada com a nova descoberta de percursos daqui, Hortolândia e, especialmente, Monte Mor!

Eu, Juliano e a bike
O único arrependimento deste domingo foi não ter feito os 35km só em estrada de terra, situação que poderá ser corrigida da próxima vez.

E o que foi ver meu maridão Juliano me acompanhando de bicicleta todo tempo, quantas vezes sonhei com isto? E correr sem me preocupar em carregar (ou achar)  hidratação, carboidratos e apetrechos de longões? E escolher parar várias vezes  de propósito só pra tirar fotos?

Este domingo não foi simplesmente um longão, foi um passeio turístico dentro da minha própria área, descobrindo encantos nunca vistos. Tinha até araucárias no caminho: A-RAU-CÁ-RIAS! Campos do Jordão, morra de inveja!


ARAUCÁRIAS💓💓💓💓💓
Se a Maratona de Curitiba fez com que nos aventurássemos por novos caminhos, quero mais e mais maratonas!

Imprevistos? Não muitos: na noite anterior demorei para dormir- o que é mais que previsto- desta vez por estar preocupada com o percurso desconhecido. Como meu marido iria comigo, eu só pensava: “ E se lá tiver assassinos passando de carros naquele deserto rural e a nossa filha ficar órfã, quem vai cuidar dela?”
Este é o meu cérebro no modo tenebroso, não é fácil...

Mas quando finalmente dormi foi um capote e só acordei com o despertador errado do Juliano que saltou para um horário de verão que não existe mais- ainda bem! E voltei a dormir. Quando acordamos lá pelas 4:30 da madruga, nos deparamos com um vazamento enorme da caixa de água pela paredes e fios de nossa casa. Fingimos que não estávamos vendo nada e fomos para  o treino super especial, pois também era o primeiro passeio de longa distância de bike do Juliano.

O sol teve piedade e só apareceu no final do treino, em modo suave, como se estivesse lá só pra dizer como estava sendo bacana conosco (porque no  longão anterior parecia que estava fritando a pele minha e da Joana: o sol é bipolar, tenho certeza, ele deve ter um trauma de infância não resolvido com outras estrelas)

A chuva do dia anterior não produziu barro algum, apenas serviu de capa contra poeira. Até as vaquinhas estavam perto das cercas como se quisessem sair nas fotos.

Vaquinhas simpáticas...
De horrível, só dois pontos: o soro de hidratação que eu pensei que era sabor uva, mas era tuti-fruti, não conheço sabor mais horrível no mundo, joguei tudo fora depois. E também passamos por uma área onde a população de Sumaré e Hortolândia fizeram virar lixão, com trocentos urubus, um horror, tinha até um porco morto jogado lá!

Se os urubus do lixão de Taquara Branca fossem assim, eu teria  parado para tirar  foto...
Quando voltamos para o asfalto, era praticamente só descida e plano e o treino estava quase  no fim, mas eu estava cansada pra caramba e já tinha resolvido parar no 34km, já estava bom. Mas aí tem o lance da cerveja no título que ainda não falei: pois bebi uma metade da latinha super gelada de cerveja com o maridão e de repente pensei: “Até parece que não vou correr 35km!”  E fui lá, toda no álcool, no ultimo quilômetro, feliz da vida.

O meu percurso terminava perto da casa da minha mãe, onde minha filha passou a noite para que eu e o Juliano pudéssemos treinar. Disfarcei o cheiro de álcool ( eu ainda tenho este receio de desagradar minha mãe), peguei a filhinha e voltei a pé para casa, enquanto Juliano continuou na bike para fechar a distância na sua quase maratona.

Então quando chegamos em casa é que nos lembramos do vazamento, fomos atrás de encanador (achar um encanador num domingo é uma missão bem mais  difícil que correr 35km) e tive que subir no sótão e secar toda aquela água, o que me causou a única dor muscular do dia seguinte: dor nos ombros.

 Não estou tão rápida quanto no ano passado, aliás posso dizer que estou até uma corredora "medíocre", mas nunca me senti tão à vontade com a distância de 35km como neste ano! E, sinceramente, estou muito satisfeita com isto.

Terei mais um último super longo entre 28km e 30km daqui 15 dias, para os ajustes e metas finais para a maratona de Curitiba, desta vez só no asfalto, pois a maratona será assim. E sem creatina, só para ver como fico sem esta minha nova amiga (retomaremos  esta nossa relação  de amizade no  período de polimento) mas desconfio que o próximo longo não superará a felicidade que foi o treino deste domingo...

Árvores que se abraçam: parte do percurso deste domingo






sábado, 5 de outubro de 2019

Como funciona a mente de alguém que sabe que no dia seguinte vai correr 35km no sol, no calor, no concreto e numas subidonas que só quem conhece pode julgar?

O texto de hoje será meio que invertido: as sensações do antes, não do depois de um super longo, que não será um super longo qualquer, como o título gigante já explica: Será na avenida Rebouças, que depois muda o nome para Ampélio, mas é tudo a mesma coisa, menos a ciclovia pintada no meio da avenida e os bebedouros, que, logicamente, estão na parte de Nova Odessa porque morar em Sumaré garante pontos para um purgatório pós-vida!

A avenida em questão (na parte bonita)

Como preparação para estes longos, nem corro na sexta-feira, apenas na quinta à noite e distância curta, porque é o que aguento depois de quase 12 horas trabalhando neste dia. Eu sempre acho que preciso descansar bastante para desafios acima de 28km;  pode ser até algo psicológico, mas a mente faz parte do corpo então é isto que faço.

No sábado de manhã, hoje, fico feliz e vivendo em paz a minha vida, mas após o meio-dia a preparação fica séria. Seguem os itens:

1- Faço compressão com bolsa quente e gelada nas panturrilhas ( desta vez também no joelhos, ando fazendo uns fortalecimentos especiais)

Vai ter muita fotos de pernas neste post hoje.

1- Começo a me hidratar com soro. Se já faço isto em dias de temperaturas normais, imaginem só a minha preocupação para amanhã nesta temperatura medonha que desaloja todos os meus chacras!

Como posso ter demorado tanto pra tomar estas coisas?


2- Meu almoço é bem certinho e simples, evito fazer gracinhas (menos hoje que fiz um falafel vegano, só não tive paciência para  esperar assar e fritei. FRITURA!)

Feijão por cima como é o certo👍

3- Coloco estas meias ridículas de pós-operatório porque, na minha imaginação hipocondríaca, eu morrerei de embolia  no treino amanhã caso eu não use este treco que coça hoje.


Que calor, não deve ser fácil ter varizes.


4- Vou ficar vendo séries à tarde toda só pra descansar.

Amo💓💓💓💓

5- Minha janta será sopa da padaria, bem gordurosa de carne, independentemente da temperatura. Já virou um hábito pré-longão mesmo.

5- Quando chega à noite,  a batalha começa: o medão da insônia aparece. Desta vez vou recorrer aos meus comprimidos rosinhas que não sei o nome, só sei que são para alergias, não vendem no Brasil, dão um sono danado ( até hoje só não funcionou na véspera da maratona de Porto Alegre) e foram indicados por algúem que confio muito, que só não vou falar o nome porque vai que seja contrabando (da Flórida, porque ela é chique)

6-  Tampões de ouvidos na cabeceira da cama e, se precisar, mais umas hidratações noturnas...


Hidrataçõees Noturnas (se precisar)

 Vou acordar ( se eu dormir) às 4h:20 da madruga e preparar o meu café da manhã que envolve outros rituais de comida. E lá pelas 11 horas estarei super feliz porque vou ter certeza que o treino  mais difícil da temporada da maratona de Curitiba terá passado e que terá dado tudo certo apesar dos meus medos hoje. Só falta o meu inconsciente entender isto.


Observações sobre o percurso da maratona de Curitiba:

 A ansiedade maior  nesta minha 5º maratona é saber qual será a minha opinião sobre o percurso da maratona de Curitiba quando eu finalmente estiver lá. Eu ouço relatos tão conflitantes que mal sei em quem acreditar! Estive em Curitiba em julho, vi que tem muitas subidas, especialmente no roteiro turístico dos parques, mas há  várias áreas planas também. Tem um colega  que disse que a maratona de Curitiba  é pior que a de Foz do Iguaçu e desconfio bastante deste relato, pois talvez tenha pesado  nesta avaliação mais o cansaço de uma maratona para a outra ( ele correu as duas com apenas 2 meses de diferença) que a realidade. E os vídeos de análise  de percurso que vejo no YouTube também são bem amedrontadores, pois falam de altimetrias altíssimas que chegam a 980m, mas, por outro lado, a maratona ja começará em altitude 900m, porém nem sei se isto  é tranquilo: a altimetria aqui de casa é mais ou menos 600m, mas tem uma subida  no meu percurso de treino que dá uns 680m e ela sempre me quebra as pernas. É por isto que o treino de amanhã será tão necessário!

  Eu só sei, com certeza, que a maratona de Curitiba é sem atrativos naturais, só casas e prédios e, sinceramente, não estou acostumada a isto em maratonas: gosto de descansar meu corpo em paisagens do percurso. Talvez este realmente seja o meu maior desafio  a vencer em novembro.
Aguardemos.





quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Sônia: O retorno

E ela voltou, ela que havia me esquecido  há um bom tempo e quase não fazia mais parte do pacote "treino para maratona": a Sônia, apelido (pois somos íntimas, infelizmente) da Insônia.

Ela é horrorosa mesmo!
A Sônia  é bem sacana e gosta de ficar remexendo no meu inconsciente. Desde 2016,  forço a minha mente a desapegar de desempenho nas corridas, buscando a meta de correr apenas pra ser feliz. E quando eu achava que estava tudo se resolvendo no meu cérebro estressado de tantos outros problemas, lá vem a Sônia com a sua escavadeira desenterrando o que fiz tanto esforço pra desaparecer. E a sacana vem à noite ainda!

O barulho que a Sônia faz com as minhas ansiedades são confusos, não consigo distinguir os sons quando ela está me atormentando! Sei que a volta da Sônia tem a ver com eu treinar com minha amiga Joana para a maratona de Curitiba, que é fera no desempenho - de novo esta palavra! Talvez seja isto que fez a Sônia desabrochar, aquela flor podre! Ou talvez não, porque não é a primeira vez que treino com corredores fortes. No final das contas, a Sônia só traz dúvidas sem respostas, nada. Ela só me deixou dormir durante duas horas, bem eu que adoro dormir 8 horas! Não adiantou dizer que eu tinha 32km na manhã seguinte, ela está pouco se lixando para meus compromissos, aquela psicopata!

Eu queria que a Sônia morresse! Mas se mato a Sônia com remédios, mato também a minha capacidade de correr.

Então o jeito neste terceiro longão para a Curitiba foi fazer o treino mesmo assim, mas com a ajuda da Joana, que veio com tantos apetrechos em sua mochila de hidratação que eu tive certeza que se eu desmaiasse  no treino, ela tiraria lá de dentro uma maca e uma ambulância!

E tirando as minhas paradas de "tontisses", foi ótimo! Porque era estrada de terra (usei até meias pretas para não encardir), porque eu estava em excelentíssima companhia ( o Brito chegou depois também) e porque era um longão, um longão de maratona, um longão que lembra que a gente é livre pra circular por todos  os cantos  que quisermos e que podemos usar as nossas próprias pernas e pulmões como combústiveis. E a Sônia pode ter ferrado a minha noite, mas numa compensação quase milagrosa, a temperatura estava novamente agradável depois de tantos 35 graus na semana. E foram 32km, como o planejado, que era o que mais importava.

Vá pro Inferno, Sônia: eu vou continuar correndo até o fim! Somos muito mais fortes que você pode imaginar!

E se você, engraçadinha e mau-caráter, pegar o avião e me acompanhar em Curitiba no dia da maratona , vão rolar  os 42km do mesmo jeito. E você vai ser obrigada a voltar mais cedo, vou afogar você com vinho e cerveja depois!

Espero que tenha entendido o meu recado, demônio!

"A Sônia pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã."
Salmos 30:5, escrito por mim

AGORA SÓ COISAS BOAS: 😍😍😍😍

Eu e Joana, um pouco antes da subida "mortal" do Taquara Branca
Brito, Joana e eu: meio da plantação

Catando as águas que escondo no dia anterior ao treino

Eu, Joana e meu amorzão Juliano, que nos socorreu após o erro de calculo da distância (Iria dar uns 36km)


sábado, 14 de setembro de 2019

Aventura de 7 de setembro (ou "2º Super longo para maratona de Curitiba")


Tem gente que acha que um longão de 28km  pra cima é tortura, mas isto depende de como encaramos o longão: se é uma pessoa muito focada em pace (e coloca uma meta alta), deve ser uma tortura porque esta meta sempre tende a aumentar. No meu caso estou numa fase vergonhosa, que espero que nunca acabe, mas entendo que estes super longos precisam ser vistos como uma aventura: Sábado passado foi assim!

Foi no trajeto meu preferido (o da Goodyear) e não fui sozinha, fui com o meu amigo e vizinho Brito, que quase sempre topa as minhas loucuras. Como ele corre um pouco atrás de mim ( no começo) como cheguei a falar pra ele,  parece que estou treinando com um guarda-costas e me sinto muito grata por isto, sempre! E é legal porque a gente para bastante, sem neuras, pra tirar fotos, beber água e até descansar um pouquinho. O percurso estava tão legal que até resolvemos dar uma mudada  e ir ao centro de Americana seguindo o fluxo pela Nicolau João Abdalla, que o Brito conhecia bem (de carro), mas acabou sendo uma desafio por não ter acostamento, nem sombras (o sol estava nervoso!) e ficou aquele misto de medo de ser atropelada e torrada,  o que acaba dando mais adrenalina ao treino. Teve até picada de marimbondo no Brito:  sério, a nossa epopeia deveria ter passado  no canal OFF, o canal preferido dos bares e restaurantes, em que pessoas que geralmente não fazem aventura nenhuma ficam olhando a dos outros...

Meu momento no canal OFF (sqn)

Quando chegamos finalmente no Rio Carioba, ou seja, a região Central de Americana, tinha dado 25km para o Brito, mas pra mim ainda faltavam 5km, então voltei o caminho para terminar o que faltava. Mesmo o percurso sendo agora sem subidas e com árvores, eu estava tremendamente cansada e não foi nada fácil. Quando completei 30 km, tinha uma banca por perto que vendia tudo e, pela primeira vez, bebi uma latinha de cerveja num gole só, nossa, que delícia!!! E fiquei pensando: “Um dia vou correr até Limeira, mesmo com aquela subida imensa que vai até lá, mesmo sem marginal na Anhanguera:  um dia eu vou SIM!” (é cada pensamento estranho que me vem a cabeça após super longos, serão delírios?)

A avenida Nicolau João Abdalla: tenso!

Pra nossa sorte (porque era 7 de setembro e ônibus em feriado é mais difícil de achar que político honesto) o meu marido – que estava com nossa filha no desfile- veio nos buscar.

 Eu gostaria de dizer que tudo saiu bem no final, mas este longo tem um epílogo bem marcante: as consequências no corpo após esta aventura.

EPÍLOGO MUSCULAR E ESTÉTICO DA SEMANA

Domingo:  Panturrilha doendo. Senti dor durante o percurso, nada insuportável, mas quando o corpo esfriou, foi complicado. Estranhei bastante, a panturrilha é uma parte do meu corpo bastante forte. Muita compressão com água quente e fria, pomada Cataflam e Salompas durante dois dias.

Segunda-feira: Minha unha do pé direito ficou preta e desta vez latejou horrores, dificultando até que eu dormisse à noite. Não sobreviveu, totalmente morta desde quarta-feira. Deve ser a minha 20ª perda de unha do pé!

Terça, quarta e quinta: Meus glúteos ( vulgar bunda, prefiro) doendo muito por causa do treino de rampas que fiz. Não fiz compressão -difícil ficar sentando no gelo e no quente- nem fisioterapia ( meio ridículo ficar levando choque na bunda!)Tive que ter paciência e fazer muito alongamento no pilates.

Consequência APELATIVA deste epílogo: Começarei a usar mais um recurso de produtos fitness: Creatina. Cada dia sendo menos corredora raiz...
Eu e o Brito ( só 16km até Limeira, pouca coisa...)

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

O primeiro Super Longo para Curitiba

Tem gente que diz que correr é natural e já vou avisando que discordo desta ideia porque, se isto fosse verdade, a gente não perderia velocidade quando deixamos de lado treinos de intensidade ou capacidade de correr grandes distâncias só porque demos um tempo (coisa de 2 meses) nos treinos acima de 25km. O que é natural a gente consegue fazer até depois de muito tempo sem praticar: ninguém esquece de fazer sexo, por exemplo: até uma freira não virgem consegue voltar às "atividades" normalmente se mudar de ideia sobre seus votos de castidade, mas tente fazer o mesmo com uma maratona pra você ver o que acontece!!
Freira Chocada com o meu comentário
É o meu caso, por exemplo: tive uns "negocinhos" nos joelhos e, durante apenas duas semanas, os meus músculos já ficaram mal-acostumados e sofreram bastante pra conseguir fazer os 28km  (que deveriam ter sido 30km) no domingo retrasado. Parecia que o meu posteriores de coxa tinham virado gelatina, além do medo que me atacava a cada "tic" que meus joelhos faziam - eles faziam revezamento de tics, cheio das graças os meus joelhos! E eu estava correndo com um dos melhores maratonistas que conheço, o Marco. Ainda bem que, para ele, era apenas um polimento para a Uphill e espero  que ele não tenha ficado traumatizado com a tartatuga manca aqui, porque, olha, é díficil ter companhia pra correr acima de 25km nestes termos! Acho que em qualquer termo, aliás. Eis a minha rotina enviando mensagens na semana de super longos:

Eu: "Oi Amiga (o) 1 que também corre, tudo bem? Vamos correr 30 km comigo domingo?"
Amiga (o)1 : "30 Km? Tá doida? No máximo 15km!"

Tento de Novo:

Eu: "Oi Amiga (o) 2 que também corre, tudo bem? Vamos correr 30 km comigo domingo?"
Amiga (o) 2 " Ah, não posso, tenho competição."

De novo:

Eu: Oi Amiga (o) 3  que também corre, tudo bem? Vamos correr 30km domingo?"
Amiga (o) 3 : "Não vou poder, sabe..." mas na verdade é: "até parece que vou correr naquele pace mole, vai estragar minha performace!"

Então, a minha vida de treinamento para as maratonas são um tanto solitárias... Então pensa bem  o tamanho da responsabilidade quando um maratonista feito o Marco topa treinar comigo! E foi show!

(Obs: Aliás, aproveitando o assunto sobre corredores fortes que aceitam correr com pessoas de pace mais lento de vez em quando - porque a gente também tem "noção" e não quer estragar o treino de ninguém, não ficamos chamando pra treinar o tempo inteiro:  acho estes corredores (e corredoras) simplesmente fantásticos, porque eles reconhecem algo muito importante em todos nós: SOMOS TODOS AMADORES. Vamos todos receber medalhas no final e termos nossas histórias para contar do mesmo jeito. E todos nós passamos vergonha correndo perto dos atletas de elite, então pra que tanta vaidade?)

O corredor de elite é uma lebre QUE NÃO DORME nas provas (nem tira sarro das tartarugas)

Neste último super longo aconteceu algo bem bacana: há uma corredora aqui na minha cidade que tento falar com ela há anos! Vejo-a muitas vezes treinando enquanto estou indo ou voltando do trabalho e nunca consegui falar com ela, e não foi que desta vez deu certo de nos conhecermos? Foi muito legal  e tenho a impressão que, na maioria das vezes, nós corredores fomos todos amigos em outra vida e esta aqui fez a gente se reunir novamente porque é impressionante a empatia quando nos encontramos! (Se eu fosse espírita, certeza que eu acreditaria nisto. Se.)

Este fim de semana tem super longo e ele será um tanto complicado...mas este é assunto para o próximo texto.

Super Marco Magalhães e Eu: Valeu Muito!


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Eu corro: grande coisa!


Estranho constatar que mais uma maratona ficou pra trás, o Rio hoje parece uma maratona tão distante quanto Foz do Iguaçu! Mais estranho ainda é pensar que estou engatando uma maratona em outra, sem aquela fase de ficar apenas nos 10km  por um tempo, pra dar aquela recuperada básica no ritmo de corrida e tal: fiz a maratona do Rio, descansei na semana posterior e estou com um medo danado de perder a capacidade de correr super longões, mesmo tendo já corrido uma meia maratona neste meio tempo. Meus joelhos andam meio sensíveis, mas por outro lado meu corpo começa a realmente a gostar de fortalecimento, algo inimaginável antes! Mas estranho mesmo são os pensamentos que ando tendo sobre corrida...

Começo a achar que gostar de correr é a mesma coisa que gostar de comer pizza! Uma pessoa falar pra mim: "Fui até o Bexiga semana passada só pra comer uma pizza que eles tinham lá, uma de queijo e rapadura" soa tão natural quanto: "Fui para o interior da Bahia só para correr a meia maratona do "Terrão"- porque,  tirando os valores financeiros das falas, as duas declarações são cheias de amor e paixão, mas tenho certeza que somente a fala que envolve corrida terá, quando postada numa rede social, as hastags: #gratidão, #focoforçaefé, #saúdeealegria, #running, etc

Só acho que o pessoal da pizza também poderia postar isto: #Gratidão (por ter dinheiro pra poder ir para o Bexiga comprar a pizza), #foco ( porque precisa de planejamento pra ir até o Bexiga, especialmente se a pessoa mora longe de lá, #força (força psicológica pra enfrentar o trânsito), #fé (acreditar que a pizza estará gostosa quando estiver comendo), #saúde (existe pizza saudável sim, a de queijo tem proteína e a rapadura também deve ter algo de bom) e #alegria ( nem precisa explicar, difícil ver alguém chorando comendo pizza - ou coxinha) e posso terminar a postagem da pizza com #eating.

Se for mesmo analisar, agora que entrei nesta fase de "como amo maratona!", eu deveria era estar defendendo que a corrida é sublime, única, inspiradora e que quem não corre não sabe o que é a beleza da vida, só que, vou ser sincera: também posso falar o mesmo das pizzas...

Grande coisa eu correr (e agora gostar) de maratonas, meus troféus e medalhas possuem o mesmo valor que o conteúdo de uma pasta de um colecionador de selos ( na verdade, até menos, alguns selos valem dinheiro, já as medalhas só se fossem olímpicas). Correr não tem nada de especial, corremos simplesmente porque gostamos, gostamos até exageradamente e por isso nem nos importamos em acordar muito cedo, mudar a alimentação (não é o meu caso), correr na chuva, frio ou sol dos infernos, gastar metade do salário com inscrições e viagens para correr, mas grande coisa: todo viciado faz isto!

No caso de nós, amadores, independentemente de nossas velocidades e distâncias, necessitamos colocar a corrida no lugar certo: é apenas um tipo de paixão entre outras que existem, é tudo apenas uma questão de gosto! Porque só foi assumindo que a corrida não passa de um hobby adorável e positivo, e não uma "religião" como eu dizia dela antes, é que consegui ser totalmente feliz . E pensar assim me faz ter a certeza que a maratona de Curitiba será linda!

Obs: Que vontade de comer pizza no Bexiga!



quinta-feira, 27 de junho de 2019

Vinte Reflexões sobre a Maratona do Rio 2019


  1. Não ir com tanta antecedência: É bom passear, é claro, mas chegar, pegar o kit, comer algo e tentar dormir talvez seja melhor que "saracotear" dias antes. Primeiro porque não teria duas noites de insônia, apenas uma, a da véspera mesmo. Segundo porque desconfio que os meus passeios, especialmente o noturno da Lapa, agravaram o meu problema na traqueia.
  2. Se treinar certinho e não ter metas de tempo, dá pra ser feliz numa maratona, mesmo com problemas de saúde ou insônia. Nosso corpo surpreende!
  3. Estou tendo prazer em correr maratonas: não é algo comum, nem que chegou de uma hora para outra, mas está acontecendo, como naquelas paixões inesperadas por algo aparentemente bruto e sem refinamento nenhum.
  4. O Rio de Janeiro, mesmo com o percurso alterado, foi o lugar mais bonito que já corri. As cataratas  são lindas em Foz, mas elas ocupam um trecho muito pequeno da prova. O Rio de Janeiro é todo lindo, menos os túneis ( só para tirar  fotos possuem alguma  utilidade!)
  5. Pesquisar muito bem o hotel em que ficaremos: o que fiquei serviu café da manhã às 4 horas, teve jantar de massas e tudo (não como, mas tem muita gente que curte), mas o barulho da caldeira era insuportável, especialmente à noite. Pesquisar um hotel com estrutura física mais atualizada para a próxima vez.
  6. Realmente, até agora, tenho tido muita sorte com a temperatura nas maratonas que participo: até no Rio foi muito agradável, menos no túnel. Aliás, tô começando a pegar birra de túneis...
  7. Amo tangerinas em maratona e esta teve. Também teve muitos pontos de hidratação ( bebi água em todos) e gatorade nos copinhos. Realmente curti muito esta parte. Quem precisou de auxílio técnico de massagens e gelo foi bem atendido.
  8. Foi a primeira maratona que parei para ir ao banheiro. Acho que bebi muita água mesmo...
  9. Não me esquecer que as taxas de bagagem acima de 10 quilos -que o atual presidente permitiu  que continuassem a ser cobradas de forma abusiva - me impediram te trazer presentinhos do Rio. Não me conformo com este governo...
  10. Ano passado escolhi vermelho para correr a maratona, este ano a cor vinho no Rio. Tô achando legal este negócio de roupas especiais para o "grande dia", estou pensando em verde escuro para a próxima em Curitiba!
  11. Vou ter que correr novamente no Rio para fazer o tal "Leme ao Pontal". Só não sei quando. Fiz o Leme ao Pontal de carro (uma parte no domingo, outra na segunda), mas não é a mesma coisa.
  12. Chateada por causa da minha traqueia toda ferrada que me impediu até agora de me acabar no chope ou comilança pós- maratona. Aliás, ela também está estragando a semana toda, uma das melhores partes de correr uma maratona: fui fazer uma caminhada com o marido ontem e tive crises de tosse à noite. Tá osso!
  13. Respeitar uma maratona e segurar a ansiedade na largada: aprendi a minha lição!
  14. Como foi sensacional ver o apoio das pessoas na maratona do Rio, quase o tempo todo!! Que diferença isto faz no psicológico da gente, dá vontade de dar abraços em todo mundo que torce pela gente!
  15. Caminhar e voltar a correr, intercalando, durante uma maratona:não é o fim do mundo e ajuda muito quando as nossas condições físicas estão precárias. Pra que tanta vaidade pra correr num tempo rápido quando se pode aproveitar toda a distância?
  16. Não quero nunca mais participar sozinha numa maratona, como foi bom ter as companhia da Bete, da Inês e, já no Rio, da Lilían. 
  17. Queria que todas as maratonas tivessem o "chuveirão", no meio do percurso e no final da maratona, como aconteceu no Rio! ADOREI! (Tá certo que molhei o tênis todo, tive que voltar com ele molhado porque ele não cabia na minha bagagem de mão, mas valeu a pena!)
  18. Todo mundo deveria correr no Rio de Janeiro: ele continua lindo!
  19. Quem correu a maratona do Rio não merecia aquela medalha feia (dá a impressão até que é defeituosa!) e não receber a camiseta famosa laranja que sempre caracterizou a prova. única mancada da organização, por enquanto ( ainda não testei o reembolso do dinheiro do ônibus que não foi usado.)
  20. Fotos: melhor parte das provas: 
  1. Só por esta foto já valeu a maratona

Antes da Largada: Com Bete, Inês e Lílian
"Saracoteando" na Night Carioca


Medalha feia e defeituosa









sexta-feira, 14 de junho de 2019

Último longo e Anseios para a Maratona do Rio 2019

No começo, detestei a mudança do percurso da maratona do Rio. Mais uma vez a música do Tim Maia e o meu sonho do "Leme ao Pontal" foram adiados e isto me chateou muito, pois não consigo fechar este capítulo do Rio. Espero que a vida seja grande para que um dia eu consiga correr este trecho, mas, por enquanto, o destino parece estar de sacanagem e me obrigará a  voltar mais vezes para o Rio. E não sei se ele está aprontando comigo ou quer apenas que eu me divirta no futuro, só o tempo responderá isto.

O percurso 2019: dizem que é o mesmo dos anos 80...


Mas agora, já adaptada às gracinhas do destino, estou ADORANDO a mudança: e não só porque a largada será mais cedo e perto do hotel que ficarei, mas porque estarei correndo uma maratona ÚNICA. As pessoas poderão dizer: "Já corri a maratona do Rio", mas eu responderei: " Mas não a  MINHA maratona do Rio, que foi de uma safra especial, com camiseta e medalhas feias, mas foi uma maratona EXCLUSIVA"

E haverá edifícios antigos do centro do Rio fazendo sombra e a impressão que tenho é que  terei um "dèjá vu" de Porto Alegre, o que em certa parte me assusta, pois me ferrei por lá, mas por outra cria uma oportunidade de consertar erros que cometi em POA,  trocando o Rio Guaíba pelo oceano e o frio pelo calor. Também estarei trocando a solidão daquele fim de semana de 2017 por um acompanhado de amigas corredoras daqui: que mudança!

E estou tão ansiosa e feliz por fazer esta maratona no Rio que quase me salta do peito o coração! E isto é muto estranho e perigoso, porque não tenho ambição nenhuma e não sei se isto é  positivo, pois pareço  também estar com uma confiança exagerada nesta felicidade que antevejo e, por isso, posso fazer bobagens na prova, mas nao consigo parar de me animar e nada está me dando medo, pelo menos por enquanto. Isto não é normal, não sei o que está acontecendo! Parece que o espírito dos maratonistas de todo mundo se apossaram do meu corpo numa sessão religiosa! Não me reconheço naquela mulher apavorada em abril em Ubatuba, que não conseguiu fazer longão, nem mesmo correr, que pensou seriamente em desistir de tudo:  é como se ela tivesse ficado por lá, naquelas trilhas e esta que está por aqui, nem sei quem é!!!

Os "espíritos que me possuíram": espero que não me abandonem no dia 23 de junho

As preocupações técnicas com a maratona se reduzem a um calo na sola do pé, que insiste em doer e nem treinei  ainda com um protetor de calos para saber como será a sensação. Também estou em dúvidas sobre qual tênis correr. Já senti dor na canela, joelho e o tendão, mas nada que me atrapalhasse correr, gosto de pensar que é só cansaço, que o polimento resolverá tudo. Se "quebrar" algo, será durante a maratona e desde que eu a conclua estará tudo bem: planejo um mês de julho bastante tranquilo, descansando o corpo para os objetivos do segundo semestre que ainda não estão bem definidos.

Como foi o último longão? No mesmo percurso anterior e foi tudo de bom, melhor até que da outra vez. Não estou com o ritmo tão bom quanto o ano passado, mas me sinto bem. Andei apenas uma subida, a da Goodyer,  mas não achei o fim do mundo, nunca vejo problema  em andar!

Semana que vem, numa hora destas, estarei- espero- no meu quarto de hotel dormindo super bem, porque sei que na véspera não dormirei nada e até isto já acho que faz parte da maratona! Mas para falar a verdade, por mais que eu esteja animada, não vejo a hora de acabar logo o dia 23 de junho e virar esta página...

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Percurso Novo: Goodyear 33km

Depois que entrei no "modo maratona", tudo se encaixou melhor, especialmente a ideia de um novo percurso. E depois de tanto tempo fazendo os mesmos trajetos de super longão, finamente tive a coragem de um novo desafio: ir para o lado de Americana- porque correr até Limeira não dava, a subida depois da Goodyear não é uma subida de Deus!

A "Meta" parcial
Foi um treino solitário também, e tudo bem, já estou acostumada.Foi bom pra sentir o meu corpo, pra ver como eu estava. Além disto, ficar levando colegas para correr num percurso ainda não "testado" não é nada educado...

Saí mais tarde que o normal, estava frio, que coisa linda é o frio, a gente corre quase sem suar! E ainda não sei se gostei do percurso ou da temperatura, porque até o 21km  não me considerei correndo, mas  flutuando nos céus dos amantes das longas distâncias, me peguei de braços abertos várias vezes, como se a vida estivesse soprando o meu rosto!

Cheguei num trecho de descida lá pelo Km 10, vi uma fumaça meio escura e fiquei pensando que droga de mundo era aquele com queimadas já de manhã! Mas quando cheguei na parte escura, não senti cheiro nenhum e perguntei para uma moça que fazia caminhada que fumaça era aquela e ela disse assim, bem bonitinho:
- Não é nada não, é só o frio que faz este efeito.
Sorri feito boba de felicidade! Vem com tudo, inverno!

Depois da linda nuvem de frio, vi uma rua totalmente plana e já mentalizei futuros treinos nela, afinal achar uma rua de litoral no interior é muto raro!
Parei numa região alta nos 18km , antes do retorno, tirei foto para mandar para o marido e avisar que dali a 15km eu estaria chegando.

Foto que mandei pra avisar que eu estava bem
Mas, como disse, chegaram os 21km e  começou a ficar desagrádavel o treino. Usei um tênis que nunca havia enfrentado um super longo e a minha sola do pé queimava, então  procurei grama para correr ou parar um pouco até a sola "sossegar" (estou com um calo rebelde no pé que se recusa a virar crosta dura e tem sido difícil correr com ele)  E, pra piorar, fui tocar no meu Garmim e o treino foi concluido no 21km, que raiva, queria muito ver o total no final de tudo e o treino ficou quebrado, coisa mais chata!

Tinha avenida fechada para corrida, desci, depois subi o restante dela com a sola do pé queimando, desci outra avenidona, tomei uma Coca horrorosa sabor café ( por que fazem estas coisas medonhas?), desci a  avenida até o Centro Cívico de Americana, fui até o final dela, uma subida do inferno (previamente calculada para ser o trecho que eu iria caminhar) e quase morri de medo de ser atropelada no acostamento da rodovia Luiz de Queirós - vou ter que fazer outro trajeto para não passar por isto da próxima vez. E a partir dos 30 km, algo que tinha sumido, apareceu: o "colapso" muscular!

Correr com a musculatura endurecida da panturrilha é muto sofrido e a partir daí fiz fartlek de 500metros. E quando eu estava lá no 32km, vejo um homem e uma menininha andando de bicicleta do outro lado da rua  e reconheço os meus amores ( não de imediato porque até a vista fica cansada depois dos 30km!) Resolvi fazer mais um km para me juntar a eles. Estava bom!

Fim de treino: missão cumprida
E lá se foi mais um treino de super longo para a coleção, num percurso que adorei e penso em fazer mais vezes!

Meus amores que sempre me resgatam no final das minhas loucuras


Considerações finais:

  • Além do Percurso Novo, que adiei fazê-lo por 3 anos, também resolvi seguir uma dica que já me disseram há muito tempo: tomar soro no dia anterior. Foi uma ótima ideia, senti bem menos sede que das outras vezes! 
  • Não vou conseguir correr no ritmo da maratona de Floripa, mas tenho esperanças que a maratona do Rio não seja tão trágica assim...
  • Ela voltou: a ansiedade comilona pré-maratona, aquela que andou comigo -andou, não, quase me destruiu de tanto torcicolo na preparação para a maratona de Foz!  Que saco!

quarta-feira, 15 de maio de 2019

35km "GRUPAL"



Doze de maio, dias das mães e de super longão, uns 30km. Pensei que iria correr sozinha, pois a Inês disse que não iria poder correr comigo, mas depois me informou que tinha uma amiga chamada Ângela que precisava treinar, que seria legal se corrêssemos juntas. Adorei a ideia, entrei em contato e tudo certo. Depois a Ângela entrou em contato com uma amiga que também precisava treinar para a maratona, a Dri, que eu também conhecia. As duas são amigas também da minha amiga Joana, que resolveu que iria acompanhar a gente de bicicleta, um apoio muito útil para todos nós.  Então resolvi chamar o meu vizinho Márcio, aquele mesmo que já fiz super longos duas vezes e ele também iria. E, de repente, a Inês deu um jeito e conseguiu ir com a gente, junto com a Bete. E um treino difícil que seria solitário tornou-se um treino num grupo grande, o primeiro que participei, porque se existe um grupo difícil de achar é um que tope correr acima de 30km, afinal esta distância é coisa de gente meio doida, vamos falar a verdade! Mas, felizmente, o número de doidos maratonistas anda aumentando e isto é muito bom!
A grande responsabilidade da minha parte era guiar o pessoal no percurso e por mais que ele fosse meio cheio de buracos (Sumaré não tem jeito) e com uma grande subida em Americana,  é o único que conheço que é, na maioria do tempo, plano e com muitos pontos de água e banheiro. E sem voltas e voltas. E lá fomos nós, antes das 6 horas, ainda escuro, num ritmo que fosse confortável para todos.

Algumas paradas no início para banheiro, lá pelo km 6, local onde me deu um medo tremendo porque o meu tendão começou a doer, pois o corpo começou a esfriar. Depois foi tranquilo até a “subidona” de Americana , que andei sem remorsos. Teve parada no Bike Hotel para fotos e bebidas, depois outra parada no Mercado São Vicente e, bem, para falar a verdade foram muitas paradas, mas na minha opinião isto é bom porque a gente descansa um pouco a musculatura. Aliás, eu só acho que as paradas são um problema quando ultrapassam um minuto e, no caso de grupos grandes, é inevitável. 

Mas, como toda corrida, até as que são treino como neste domingo, o melhor fica para a reta final.  Segue a narração:

“ A guia Josi- eu- começou a ficar para trás no 25km, e tudo bem, pois ela achava que todo mundo sabia o caminho de volta. Bete, a corredora com biótipo e velocidade de queniana, assumiu a liderança, seguida pela Dri que além de ser a única que ainda não era quarentona do grupo, seguia firme e forte no treino. A Inês, que partilha a genética da Bete, precisou parar, mas rapidamente alcançou a irmã e todas sumiram no horizonte, junto com a Joana, que estava de bicicleta e ficou ao lado da amiga Dri para dar uma força e esqueceu que o pessoal do fundo poderia precisar de água também (maratonista de elite, mas iniciante no apoio, nada é perfeito) A ex-guia precisou de água novamente e foi comprar água no bar e ficou enrolando tomando água gelada e depois só conseguia ver a Ângela. Márcio desapareceu completamente e a narradora aqui acreditava que ele tinha cortado caminho pelo bairro do Picerno, pois só iria correr 30km. Aliás, a guia que vos fala desligou o Garmim quando deu esta distância, porque para ela “já estava bom!” Mas ela alcançou a Ângela que, ao contrário da guia, NÃO era bunda-mole. Ângela disse:
- Vim aqui para correr 35km! E você vai me guiar para correr os 35km: se vira, o seu treino não acabou!

E então aconteceu o milagre: a guia terminou os 35km, fazendo um tipo de Fartlek para guiar quem não aceitava desistir. E a guia não teve colapso muscular nenhum e descobriu que precisa aprender a parar de frescura e que, talvez, o apelido que recebeu do treinador de Paulínia de “chorona” tenha algum fundamento...
Enquanto isto, ou por volta de uns 5 minutos antes, como foi averiguado depois nos Garmins presentes, a Dri, a Inês e a Bete terminaram o treino numa subida medonha que ia até a casa da guia, pois pegaram o caminho errado e o pior possível:  ainda bem que elas  eram  da elite e tinham água. E o Márcio, depois de completar seus 30km, tomou merecidamente seu suco na barraca de frutas e, infelizmente não saiu na foto final do treino, que é esta aqui embaixo.”



Próximo treino: 35km novamente. Onde? Não sei. Com quem? Não sei. Só sei que ele vai ter que sair. E que legal seria se fosse sob as mesmas condições calorentas e de umidade que o Rio de Janeiro fornecerá...

Tô de volta ao modo Maratonista! Finalmente! O que um treino acompanhado faz com a gente!

quarta-feira, 1 de maio de 2019

52 dias para a Maratona do Rio

I HAVE A DREAM:

Um único desejo: Não me machucar nestes 52 dias. Um outro desejo: só fazer rodagem até lá. E mais um desejo (já sei, não faço contas direito mesmo): O "colapso" acontecer só depois dos 35km.

INTRODUÇÃO: A PREPARAÇÃO PARA MAIS UM LONGO

No dia anterior: não comer besteiras, só carboidratos saudáveis. Recusar a pizza na noite de sábado, senão vai dar merda (literalmente) no super longo. Deixar separada a camiseta, o top, o tênis, a meia, a bermuda mais comprida para não assar as coxas, escolher um óculos de sol que combine-  tenho uma coleção, é o meu atual ponto fraco consumista- e o boné. Também colocar o Garmim pra carregar. Deixar a bolsa de cintura com dinheiro e gel no jeito. Dormir cedo.
Obs: Estou impressionada como estou conseguindo dormir feito pedra nas noites anteriores aos super longos, até achei que estava meio doente, mas no dia posterior vi que não estava porque consegui correr o que planejei. E olha que eu tinha motivos para estar nervosa,  afinal eu faria (e fiz) o super longo com as maiores feras da minha cidade, a Inês e a Bete. O que será que está acontecendo, o meu subconsciente estaria finalmente atendendo aos desejos do meu consciente?

No madrugada do Super longo: Fazer café  de coador - sem leite, pra não dar "merda", comer tapioca, banana, castanhas, um ovo mexido. Banheiro. Arrumar o cabelo dentro do boné para que ele não saia durante 3 horas em movimento. Me besuntar inteirinha  de vaselina (asso até atrás da orelha!) e passar protetor solar em todos os poros do meu rosto e áreas não cobertas pela roupas. Passar o antitranspirante, mesmo sabendo que  terminarei fedendo horrores!
É, não tem glamour nenhum esta história de super longo!

Me besuntei mais que este atleta de Tonga

CAPÍTULO 1: OS PRIMEIROS 10KM

As meninas chegaram e lá fomos nós. Tudo escuro. O meu Garmim ainda não tinha captado o GPS,  paciência. Pace tranquilo, mais ou menos por volta de 5´40 , jamais abaixo de 5. O Gps resolve funcionar após uns3 minutos de treino. Passamos pela "tenebrosa floresta" do Santa Maria, lugar que  vou acompanhada nestes horários. Primeiro posto, primeira água, 3km. O trecho até o próximo posto é agradável, com subidas e descidas leves, na marginal da Anhanguera, com exceção de uma  ladeira de uns 500 metros que só não andei porque estava com elas ( planejei os "vexames" só depois dos 20km). Posto Brasil 500, quase 10km. Tomei meu preventivo contra cólicas e o sol estava nascendo. O óculos ainda não era necessário, tudo era muito lindo!

CAPÍTULO 2: ATÉ OS 20 KM

Há uma subida chata no km 11 e já avisei que iria andar. As meninas não, mas elas tiveram uma estratégia bem gentil para não me deixarem pra trás: elas diminuiram muito o ritmo, até que a bonitona- eu- resolvesse voltar a correr. E elas fizeram isto em todas as subidas em  que fiz estas "graças" e, por isso mesmo, eu tentava andar o mínimo possível. Depois desta subida, não andei mais até o km 18.
É interessante como a gente repara algumas coisas só com campanhia. Quando a Inês disse : "Nossa, que avenida grande!" é que fui perceber que realmente a avenida do Matão nunca acaba! E tinha gente indo para a corrida do Boldrini, que seria na Lagoa do Taquaral onde iríamos, e cumprimentavam e  acenavam pra gente. Já falei que as meninas são famosas na cidade, né?
Paramos para beber água no postinho de saúde do Matão, menos a Bete, que além de achar que as subidas não são subidas, aparentemente não sente sede (fiquei impressionada, estava bastante calor!) e, na almejada descida para o bairro São Marcos em Campinas, uma pedrinha entrou no meu tênis (que raiva!) o que atrapalhou curtir os 2km de descida deste trecho porque tive que resolver este problema. E no começo do São Marcos comecei a ficar cansada, mas não era ainda o "colapso."
Tinha um mercado no km 18, compramos Gatorade e água e enfrentamos ( elas, porque  eu andei)  a subida na Rodovia D. Pedro até o supermercado Tenda.

CAPÍTULO 3: ATÉ OS 29KM

Quando eu chego neste ponto, vendo a rodovia D. Pedro pela passarela, eu sempre penso:  "Agora começou a desgraça" e não era porque eu estava com elas que  pensei diferente. Mas fomos. Meu marido passou de carro por nós e não pedi arrego (daria uma vergonha danada!). Meu dedão do pé tinha adormecido,  ele que se virasse para acordar no restante do percurso! (enquanto escrevo, a unha está roxa e ainda dói, mas não é a primeira vez que isto acontece!)
E eu não sei mais o que fazer porque NOVAMENTE ROUBARAM A MINHA ÁGUA NO KM 24! Fiquei um monte de tempo procurando, minha filha tinha feito até um mapa pra eu achar ( escondi junto com ela dois dias antes) e tive que ir ate a igreja Desatadora comprar água. Já falei que as meninas são pacientes pra caramba, né? E depois de toda esta enrolação, acabei descansando e segui com elas ( mas é claro que andei na subida da Bambini, enquanto a Bete dizia, rindo: "É sério que esta é a famosa subida do Bambini? )
Depois, no caminho de descida até o Taquaral, tudo é festa e o corpo fica normalzinho de novo! As meninas terminaram quando chegamos lá ( elas não param o GPS e eu paro quando ando) e a distância delas estava bem superior a minha. Tomei caldo de cana com elas na Lagoa e continuei a correr até dar 28km no meu Garmim. Na volta, reencontrei com elas e ( nossa, parecia um presente dos deuses)  achamos muito gelo jogado no chão (o gelo descartado para esfriar a água da corrida Boldrini) e aproveitamos para relaxar os músculos com eles. E achamos um corredor conhecido nosso, que tirou esta foto pra gente:

NÓS

CONLUSÃO:
 Não senti nenhum tipo de dor, só cansaço e o "colapso", tavez devido a grande parada na "Desatadora",  não aconteceu. Corri com um pouco de medo de atrapalhar as meninas, mas elas são demais!  Outro medo também foi o de me machucar, não só para a maratona do Rio, mas para a meia de Santos que terei neste sábado. Mas este super longo restaurou um pouco da confiança que eu tinha perdido.
Foi um super longo MUITO FELIZ! Vamos ver o que será possível fazer neste pouco tempo até a maratona do Rio.