Enquanto na minha primeira maratona escrevi quase um livro,
esta minha preparação para a segunda, a de Porto Alegre, mal ganhou um resumo.
Pode isso? Pode não, claro que não. Vamos
consertar agora este desleixo todo (jamais desprezo, tem que ser uma pessoa
muito doida pra encarar um prova destas como se não fosse nada. Nossa, como
este parênteses ficou grande!)
Ao contrário da outra vez em que fazia meus super longos
(acima de 30km) uma vez por mês, agora é
de quinze em quinze dias. Tirando um momento de descanso de quase 25 dias, em
que meus músculos “estressaram” graças a um constante mesmo-percurso-cheio-de-subidas-da-Anhanguera-D.Pedro, tudo correu bem. E o mais
espantoso, sem uma lesãozinha sequer, o que parece um sonho que nem é bom falar
muito porque acredito em olho gordo e era só o que me faltava com um mês para a
Maratona!
Continuo lerda. Meus treinos de intervalados são uma vergonha. Nem vejo mais a minha classificação
em provas (só as fotos, ninguém é de ferro) mas confesso que algo mudou muito em mim, agora que o treino
para maratona é rotina, não novidade: acho que um treino de 30km é mais importante
que qualquer prova curta abaixo de 15km. Mais importante até que qualquer pódio,
que qualquer pace fantástico. É claro que estou falando de mim, Josiane, e não
de todos os corredores do mundo. Mas nada me tira esta sensação boa durante os
treinos: parece que há um carpete vermelho em todos os quilômetros percorridos,
numa moldura de paisagens nem sempre bonitas, mas que melhoram num olhar mais carinhoso.
Ah, como a alma fica leve quando a gente está num longão
despreocupado...
E assim vamos indo: falta apenas um super longo até a prova
do dia 11 de junho. Já fiz 6 deles. Eu estava com o objetivo de ser uma sub 4
horas no começo desta jornada, mas agora isto mudou, ficou mais simples (o que
não significa mais fácil): evitar a raiva e o desânimo depois dos 32km. Eu só
desejo que o corpo continue na mesma cadência, do começo ao fim, como um
relógio que não se altera só porque seu dono está com pressa. Sem dores. Eu quero que
estes 42km seja uma corrida de rotina,
como um almoço de domingo.
Por hoje é só. Abaixo, foto dos “super longos” até agora:
31km |
30km |
32km |
Com Ari : 27km (estrada de terra) |
Com Joana (eu 30km) |
Com o grafite: 32km |