domingo, 7 de maio de 2017

A SUSTENTÁVEL LEVEZA DO CORRER

Enquanto na minha primeira maratona escrevi quase um livro, esta minha preparação para a segunda, a de Porto Alegre, mal ganhou um resumo. Pode isso? Pode não, claro que não. Vamos consertar agora este desleixo todo (jamais desprezo, tem que ser uma pessoa muito doida pra encarar um prova destas como se não fosse nada. Nossa, como este  parênteses ficou grande!)

Ao contrário da outra vez em que fazia meus super longos (acima de 30km) uma vez por mês, agora é de quinze em quinze dias. Tirando um momento de descanso de quase 25 dias, em que meus músculos “estressaram” graças a um constante mesmo-percurso-cheio-de-subidas-da-Anhanguera-D.Pedro, tudo correu bem. E o mais espantoso, sem uma lesãozinha sequer, o que parece um sonho que nem é bom falar muito porque acredito em olho gordo e era só o que me faltava com um mês para a Maratona!

Continuo lerda. Meus treinos de intervalados são uma vergonha. Nem vejo mais a minha classificação em provas (só as fotos, ninguém é de ferro) mas confesso  que algo mudou muito em mim, agora que o treino  para maratona  é rotina, não novidade:  acho que um treino de 30km é mais importante que qualquer prova curta abaixo de 15km. Mais importante até que qualquer pódio, que qualquer pace fantástico. É claro que estou falando de mim, Josiane, e não de todos os corredores do mundo. Mas nada me tira esta sensação boa durante os treinos: parece que há um carpete vermelho em todos os quilômetros percorridos, numa moldura de paisagens nem sempre bonitas, mas que melhoram  num olhar mais carinhoso.

Ah, como a alma fica leve quando a gente está num longão despreocupado...

E assim vamos indo: falta apenas um super longo até a prova do dia 11 de junho. Já fiz 6 deles. Eu estava com o objetivo de ser uma sub 4 horas no começo desta jornada, mas agora isto mudou, ficou mais simples (o que não significa mais fácil): evitar a raiva e o desânimo depois dos 32km. Eu só desejo que o corpo continue  na  mesma cadência, do começo ao fim, como um relógio que não se altera só porque seu dono está com pressa. Sem dores. Eu quero que estes  42km seja uma corrida de rotina, como um almoço de domingo.

Por hoje é só. Abaixo, foto dos “super longos” até agora:

31km

30km

32km
Com Ari : 27km (estrada de terra)

Com Joana (eu 30km)

Com o grafite: 32km