E não é que consegui achar beleza e graça na região de
Sumaré? Estou maravilhada com a nova descoberta de percursos daqui, Hortolândia e, especialmente, Monte Mor!
Eu, Juliano e a bike |
O único arrependimento deste domingo foi não ter feito os
35km só em estrada de terra, situação que poderá ser corrigida da próxima vez.
E o que foi ver meu maridão Juliano me acompanhando de
bicicleta todo tempo, quantas vezes sonhei com isto? E correr sem me preocupar
em carregar (ou achar) hidratação,
carboidratos e apetrechos de longões? E escolher parar várias vezes de propósito só pra tirar fotos?
Este domingo não foi simplesmente um longão, foi um passeio
turístico dentro da minha própria área, descobrindo encantos nunca vistos.
Tinha até araucárias no caminho: A-RAU-CÁ-RIAS! Campos do Jordão, morra de
inveja!
ARAUCÁRIAS💓💓💓💓💓 |
Se a Maratona de Curitiba fez com que nos aventurássemos por
novos caminhos, quero mais e mais maratonas!
Imprevistos? Não muitos: na noite anterior demorei para
dormir- o que é mais que previsto- desta vez por estar preocupada com o
percurso desconhecido. Como meu marido iria comigo, eu só pensava: “ E se lá
tiver assassinos passando de carros naquele deserto rural e a nossa filha ficar
órfã, quem vai cuidar dela?”
Este é o meu cérebro no modo tenebroso, não é fácil...
Mas quando finalmente dormi foi um capote e só acordei com o
despertador errado do Juliano que saltou para um horário de verão que não
existe mais- ainda bem! E voltei a dormir. Quando acordamos lá pelas 4:30 da
madruga, nos deparamos com um vazamento enorme da caixa de água pela paredes e
fios de nossa casa. Fingimos que não estávamos vendo nada e fomos para o treino super especial, pois também era o
primeiro passeio de longa distância de bike do Juliano.
O sol teve piedade e só apareceu no final do treino, em modo
suave, como se estivesse lá só pra dizer como estava sendo bacana conosco (porque no longão anterior parecia que
estava fritando a pele minha e da Joana: o sol é bipolar, tenho certeza, ele
deve ter um trauma de infância não resolvido com outras estrelas)
A chuva do dia anterior não produziu barro algum, apenas
serviu de capa contra poeira. Até as vaquinhas estavam perto das cercas como se
quisessem sair nas fotos.
Vaquinhas simpáticas... |
De horrível, só dois pontos: o soro de hidratação que eu
pensei que era sabor uva, mas era tuti-fruti, não conheço sabor mais horrível
no mundo, joguei tudo fora depois. E também passamos por uma área onde a
população de Sumaré e Hortolândia fizeram virar lixão, com trocentos urubus, um
horror, tinha até um porco morto jogado lá!
Se os urubus do lixão de Taquara Branca fossem assim, eu teria parado para tirar foto... |
Quando voltamos para o asfalto, era praticamente só descida
e plano e o treino estava quase no fim, mas eu estava cansada pra caramba e já tinha resolvido parar no 34km, já estava
bom. Mas aí tem o lance da cerveja no título que ainda não falei: pois bebi uma metade da latinha super gelada de cerveja com
o maridão e de repente pensei: “Até parece que não vou correr 35km!” E fui lá,
toda no álcool, no ultimo quilômetro, feliz da vida.
O meu percurso terminava perto da casa da minha mãe, onde
minha filha passou a noite para que eu e o Juliano pudéssemos treinar.
Disfarcei o cheiro de álcool ( eu ainda tenho este receio de desagradar minha
mãe), peguei a filhinha e voltei a pé para casa, enquanto Juliano continuou na
bike para fechar a distância na sua quase maratona.
Então quando chegamos em casa é que nos lembramos do
vazamento, fomos atrás de encanador (achar um encanador num domingo é uma missão bem mais difícil que correr 35km) e tive que subir no
sótão e secar toda aquela água, o que me causou a única dor muscular do dia
seguinte: dor nos ombros.
Não estou tão rápida
quanto no ano passado, aliás posso dizer que estou até uma corredora "medíocre", mas nunca me senti tão à vontade com a distância de 35km
como neste ano! E, sinceramente, estou muito satisfeita com isto.
Terei mais um último super longo entre 28km e 30km daqui 15
dias, para os ajustes e metas finais para a maratona de Curitiba, desta vez só
no asfalto, pois a maratona será assim. E sem creatina, só para ver como fico
sem esta minha nova amiga (retomaremos esta nossa relação de amizade no período de polimento) mas desconfio que o próximo longo não superará a
felicidade que foi o treino deste domingo...
Árvores que se abraçam: parte do percurso deste domingo |