domingo, 10 de março de 2019

21+21+27+28 = Preparativos para os 42km do Rio/2019


Maratona do Rio: Se eu segurar a minha mania de impulsividade, será a última maratona, pelo menos no Brasil, desta vez está decidido. No currículo, já tenho Foz do Iguaçu, Porto Alegre, Floripa e, se tudo der certo, logo será o Rio. Por mim, está bom. Já corri tantos 21km em São Paulo que já deve ter dado umas 5 maratonas, então nem quero mais. Mas não vou negar que alguns países, especialmente na América do Sul, me atraem bastante: já sonhei que estava correndo nas largas e planas avenidas (foi o que me disseram) de Buenos Aires e fiquei com lágrimas nos olhos quando li sobre a Maratona de Vina Del Mar, no Chile. E Nova York então!  Mas vou ter que ter muita vontade, dinheiro e dias livres para poder corrê-las, então já sei que vai demorar. E, principalmente, me RECUSO a treinar novamente super longos nesta estação chamada verão, é um inferno, e nem comecei os longos acima de 30 km! Não lembro de ter sofrido tanto calor no ano passado nos treinos para a  maratona de Floripa, que foi em agosto. Enfim: se der na louca de correr mais alguma maratona será de agosto pra frente. E longe daqui. 
Maratona de Vina Del Mar (Chile): Como não sonhar😍?
Tirando as  considerações iniciais, vamos para os preparativos (inevitáveis) para o Rio: Foi uma sequência de um mês de treino o título deste texto, algo que nunca havia feito antes, especialmente a sequência 27km num domingo e 28km em outro. Mas tudo tem a sua razão de ser e vou resumi-las aqui rapidamente:
21km: Fui na Meia Maratona de São Paulo, corri totalmente de boa no início, acompanhando meu marido durante 2km e meio. Depois só foi curtir, acho tão legal esta região do Minhocão de São Paulo, a gente se esbarrando com o pessoal saindo da balada na Augusta, aqueles prédios velhos e interessantes, aquele percurso de subidas simpáticas e, para melhorar, estava nublado. Não fosse um acidente que presenciei, teria sido perfeito.
21km que não eram 21 km, eram 30 km: Resolvi começar o meu super longo pelo trajeto mais porrada que conheço por aqui (para treinar a resistência, depois os outros percursos parecem fáceis): Sumaré, Paulínia até a Lagoa do Taquaral em Campinas. Preparei os meus pontos de água no dia anterior e fui sozinha para este desafio. Tinha uma pessoa que iria comigo dos 15km em diante que não foi, mas na verdade, eu já previa isto. O que eu não previa era o calor dos infernos, muito calor mesmo, até pra caminhar estava ruim. Junto com o calor vieram pensamentos do tipo: “Que coisa mais estúpida correr tanto assim!”, “ Grande bosta correr maratona!” e quando meu marido passou por mim de carro, fui até a lagoa com ele. Eu estava muito indignada com o calor: eram 7h:30m da manhã, aquela temperatura deveria ser proibida neste planeta!
27km: Achei que seria bom desta vez não ir desacompanhada  e chamei meu vizinho Márcio pra correr comigo, o que deu muito certo. E nada de tentar ir pra Lagoa do Taquaral, planejei o máximo de percurso plano possível. Estava nublado, até choveu. Paramos várias vezes, mas, na maioria,  para beber água. O percurso foi Nova Odessa e Americana, dando umas voltas a mais na área plana. Tive o “colapso” muscular no km 24, mas acabei conseguindo completar 27km (eram 28 km).
Obs: Colapso Muscular é como chamo aquele momento que o corpo se recusa a correr e a gente o obriga, só que se arrastando.  Até o dia da maratona, espero que o “colapso” ocorra somente a partir dos 35km (porque, no meu caso, ele é inevitável)
28km: Depois do nosso longo de domingo, achei por bem resolver os 30km que tinham virado 21km e chamei o Márcio de novo, que topou. E, é claro, no percurso “da morte” novamente. Mas ele deu a ideia de tentarmos não ir por Paulínia, mas pelo Matão, um bairro enorme de Sumaré. E não é que deu muito certo? O novo percurso tinha menos subidas!  (menos, o que não significa que ainda não fosse pesado) e com pontos de água para todo o lado! Estava calor também, mas desta vez deu certo, fiquei feliz pra caramba!
Menos no Km 27, onde aconteceu o “colapso” MAS 3km  acima da semana anterior, num percurso mais desafiador, não há como negar que o meu corpo está “reagindo”...


Agora serão duas semanas de “férias” de super longos: domingo que vem serão 21km – que vai acabar sendo menos, pois estarei ajudando minha mãe num pós cirúrgico que ela fará, nem sei que horas vou- e depois 10 milhas em Salvador -que já esteve na minha lista de maratonas do Brasil, mas vou me satisfazer com estas 10 milhas mesmo.
Quem sabe consigo encaixar o ritmo da próxima vez?