Tem gente que acha que um longão de 28km pra cima é tortura, mas isto depende de como encaramos o longão: se é uma pessoa
muito focada em pace (e coloca uma meta alta), deve ser uma tortura porque
esta meta sempre tende a aumentar. No meu caso estou numa fase vergonhosa, que espero
que nunca acabe, mas entendo que estes super longos precisam ser vistos como
uma aventura: Sábado passado foi assim!
Foi no trajeto meu preferido (o da Goodyear) e não fui
sozinha, fui com o meu amigo e vizinho Brito, que quase sempre topa as minhas
loucuras. Como ele corre um pouco atrás de mim ( no começo) como cheguei a
falar pra ele, parece que estou treinando
com um guarda-costas e me sinto muito grata por isto, sempre! E é legal porque
a gente para bastante, sem neuras, pra tirar fotos, beber água e até descansar um pouquinho. O percurso estava tão legal que até resolvemos dar uma mudada e ir ao centro de Americana seguindo o fluxo pela Nicolau João Abdalla, que o Brito conhecia bem (de carro), mas acabou sendo uma
desafio por não ter acostamento, nem sombras (o sol estava nervoso!) e ficou aquele misto de medo de ser atropelada
e torrada, o que acaba dando mais
adrenalina ao treino. Teve até picada de marimbondo no Brito: sério, a nossa epopeia deveria ter passado no canal OFF, o canal preferido dos bares e
restaurantes, em que pessoas que geralmente não fazem aventura nenhuma ficam olhando a dos outros...
Meu momento no canal OFF (sqn) |
Quando chegamos finalmente no Rio Carioba, ou seja, a região
Central de Americana, tinha dado 25km para o Brito, mas pra mim ainda faltavam
5km, então voltei o caminho para terminar o que faltava. Mesmo o percurso sendo
agora sem subidas e com árvores, eu estava tremendamente cansada e não foi nada
fácil. Quando completei 30 km, tinha uma banca por perto que vendia tudo e, pela primeira vez, bebi
uma latinha de cerveja num gole só, nossa, que delícia!!! E fiquei pensando: “Um
dia vou correr até Limeira, mesmo com aquela subida imensa que vai até lá,
mesmo sem marginal na Anhanguera: um dia
eu vou SIM!” (é cada pensamento estranho que me vem a cabeça após super longos, serão delírios?)
Pra nossa sorte (porque era 7 de setembro e ônibus em
feriado é mais difícil de achar que político honesto) o meu marido – que estava
com nossa filha no desfile- veio nos buscar.
Eu gostaria de dizer
que tudo saiu bem no final, mas este longo tem um epílogo bem marcante: as
consequências no corpo após esta aventura.
EPÍLOGO MUSCULAR E ESTÉTICO DA SEMANA
Domingo: Panturrilha
doendo. Senti dor durante o percurso, nada insuportável, mas quando o corpo
esfriou, foi complicado. Estranhei bastante, a panturrilha é uma parte do meu
corpo bastante forte. Muita compressão com água quente e fria, pomada Cataflam
e Salompas durante dois dias.
Segunda-feira: Minha unha do pé direito ficou preta e desta
vez latejou horrores, dificultando até que eu dormisse à noite. Não sobreviveu,
totalmente morta desde quarta-feira. Deve ser a minha 20ª perda de unha do pé!
Terça, quarta e quinta: Meus glúteos ( vulgar bunda,
prefiro) doendo muito por causa do treino de rampas que fiz. Não fiz compressão
-difícil ficar sentando no gelo e no quente- nem fisioterapia ( meio ridículo
ficar levando choque na bunda!)Tive que ter paciência e fazer muito alongamento
no pilates.
Consequência APELATIVA deste epílogo: Começarei a usar mais um
recurso de produtos fitness: Creatina. Cada dia sendo menos corredora raiz...
Eu e o Brito ( só 16km até Limeira, pouca coisa...) |
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