sábado, 5 de outubro de 2019

Como funciona a mente de alguém que sabe que no dia seguinte vai correr 35km no sol, no calor, no concreto e numas subidonas que só quem conhece pode julgar?

O texto de hoje será meio que invertido: as sensações do antes, não do depois de um super longo, que não será um super longo qualquer, como o título gigante já explica: Será na avenida Rebouças, que depois muda o nome para Ampélio, mas é tudo a mesma coisa, menos a ciclovia pintada no meio da avenida e os bebedouros, que, logicamente, estão na parte de Nova Odessa porque morar em Sumaré garante pontos para um purgatório pós-vida!

A avenida em questão (na parte bonita)

Como preparação para estes longos, nem corro na sexta-feira, apenas na quinta à noite e distância curta, porque é o que aguento depois de quase 12 horas trabalhando neste dia. Eu sempre acho que preciso descansar bastante para desafios acima de 28km;  pode ser até algo psicológico, mas a mente faz parte do corpo então é isto que faço.

No sábado de manhã, hoje, fico feliz e vivendo em paz a minha vida, mas após o meio-dia a preparação fica séria. Seguem os itens:

1- Faço compressão com bolsa quente e gelada nas panturrilhas ( desta vez também no joelhos, ando fazendo uns fortalecimentos especiais)

Vai ter muita fotos de pernas neste post hoje.

1- Começo a me hidratar com soro. Se já faço isto em dias de temperaturas normais, imaginem só a minha preocupação para amanhã nesta temperatura medonha que desaloja todos os meus chacras!

Como posso ter demorado tanto pra tomar estas coisas?


2- Meu almoço é bem certinho e simples, evito fazer gracinhas (menos hoje que fiz um falafel vegano, só não tive paciência para  esperar assar e fritei. FRITURA!)

Feijão por cima como é o certo👍

3- Coloco estas meias ridículas de pós-operatório porque, na minha imaginação hipocondríaca, eu morrerei de embolia  no treino amanhã caso eu não use este treco que coça hoje.


Que calor, não deve ser fácil ter varizes.


4- Vou ficar vendo séries à tarde toda só pra descansar.

Amo💓💓💓💓

5- Minha janta será sopa da padaria, bem gordurosa de carne, independentemente da temperatura. Já virou um hábito pré-longão mesmo.

5- Quando chega à noite,  a batalha começa: o medão da insônia aparece. Desta vez vou recorrer aos meus comprimidos rosinhas que não sei o nome, só sei que são para alergias, não vendem no Brasil, dão um sono danado ( até hoje só não funcionou na véspera da maratona de Porto Alegre) e foram indicados por algúem que confio muito, que só não vou falar o nome porque vai que seja contrabando (da Flórida, porque ela é chique)

6-  Tampões de ouvidos na cabeceira da cama e, se precisar, mais umas hidratações noturnas...


Hidrataçõees Noturnas (se precisar)

 Vou acordar ( se eu dormir) às 4h:20 da madruga e preparar o meu café da manhã que envolve outros rituais de comida. E lá pelas 11 horas estarei super feliz porque vou ter certeza que o treino  mais difícil da temporada da maratona de Curitiba terá passado e que terá dado tudo certo apesar dos meus medos hoje. Só falta o meu inconsciente entender isto.


Observações sobre o percurso da maratona de Curitiba:

 A ansiedade maior  nesta minha 5º maratona é saber qual será a minha opinião sobre o percurso da maratona de Curitiba quando eu finalmente estiver lá. Eu ouço relatos tão conflitantes que mal sei em quem acreditar! Estive em Curitiba em julho, vi que tem muitas subidas, especialmente no roteiro turístico dos parques, mas há  várias áreas planas também. Tem um colega  que disse que a maratona de Curitiba  é pior que a de Foz do Iguaçu e desconfio bastante deste relato, pois talvez tenha pesado  nesta avaliação mais o cansaço de uma maratona para a outra ( ele correu as duas com apenas 2 meses de diferença) que a realidade. E os vídeos de análise  de percurso que vejo no YouTube também são bem amedrontadores, pois falam de altimetrias altíssimas que chegam a 980m, mas, por outro lado, a maratona ja começará em altitude 900m, porém nem sei se isto  é tranquilo: a altimetria aqui de casa é mais ou menos 600m, mas tem uma subida  no meu percurso de treino que dá uns 680m e ela sempre me quebra as pernas. É por isto que o treino de amanhã será tão necessário!

  Eu só sei, com certeza, que a maratona de Curitiba é sem atrativos naturais, só casas e prédios e, sinceramente, não estou acostumada a isto em maratonas: gosto de descansar meu corpo em paisagens do percurso. Talvez este realmente seja o meu maior desafio  a vencer em novembro.
Aguardemos.





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