As inscrições para a Maratona de Foz do Iguaçu abriram no
dia 25 de abril. Um mês antes, o site de inscrição já estava na lista dos meus
favoritos. Um mês antes, eu já havia deixado duas páginas de informações para
que meu marido fizesse a inscrição para mim, pois dou aulas todas as manhãs.
Por que todo este desespero?
- Só havia 800 inscrições para a maratona individual ( ao contrário de umas provas por aí que quanto mais gente melhor, desde que paguem bem pra isto. Tipo São Silvestre. Tipo Maratona de São Paulo. Tipo Yescom) Já a de Foz do Iguaçu o preço era até bacana: R$70,00.
- A data, como já havia dito, daria tempo para
me preparar. Se não fosse ela, só sobraria Curitiba, mas em novembro o meu
corpo já não responde aos meus comandos: eu digo corra, ele entende anda e se
eu insistir muito, se lesiona. De propósito, provavelmente. O cérebro e os
músculos entram numa relação de conflito que não gosto de interferir.
- Correr no paraíso: quem não quer? Com subidas sim, mas tudo o que sobe, desce...
- Correr no paraíso: quem não quer? Com subidas sim, mas tudo o que sobe, desce...
Mas o outro motivo da minha preocupação com a inscrição
chamava-se comerciários. Segundo o site de inscrição, eles tinham direito a se
inscrever uma semana antes. E na minha mente fértil, todos os comerciários
viraram maratonistas, do nada! Não é de
hoje que eu tenho meio que ciúmes desta classe: na Praia Grande, em São Paulo,
há três anos vou correr a meia maratona de lá. E as pousadas, tirando a do
último ano, foram horríveis. Os hotéis, muito barulhentos, ficam no Boqueirão,
muito longe da largada. Então eu olhava pra colônia de férias dos comerciários
que tem lá, tão perto do mar, tão perto da largada, tão longe do barulho e me
dava certa tristeza em não ser um comerciária, mesmo nem sabendo exatamente o
que um comerciário faz. (Se você é um
comerciário, saiba que você tem bastante vantagens nas corridas longas de rua e
deveria aproveitar o benefício. Só acho)
Mas acabou dando tudo certo, meu marido fez a minha inscrição
na manhã em que as inscrições para o “povão” foram abertas, imprimiu o boleto,
fui ao banco, toda emocionada, mas é claro que era zoeira , não estava tudo
certo não: leio uma informação no
boleto, bem na hora em que eu passava o código de barras: “É necessário laudo
médico. Se em 10 dias ele não for
enviado à organização da prova, a inscrição será cancelada.”
Tipo aqueles avisos de computador doido nos filmes de ficção
científica pra sair correndo da sala em dez segundos porque tá vindo bomba.
A casa caiu.
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