sexta-feira, 14 de junho de 2019

Último longo e Anseios para a Maratona do Rio 2019

No começo, detestei a mudança do percurso da maratona do Rio. Mais uma vez a música do Tim Maia e o meu sonho do "Leme ao Pontal" foram adiados e isto me chateou muito, pois não consigo fechar este capítulo do Rio. Espero que a vida seja grande para que um dia eu consiga correr este trecho, mas, por enquanto, o destino parece estar de sacanagem e me obrigará a  voltar mais vezes para o Rio. E não sei se ele está aprontando comigo ou quer apenas que eu me divirta no futuro, só o tempo responderá isto.

O percurso 2019: dizem que é o mesmo dos anos 80...


Mas agora, já adaptada às gracinhas do destino, estou ADORANDO a mudança: e não só porque a largada será mais cedo e perto do hotel que ficarei, mas porque estarei correndo uma maratona ÚNICA. As pessoas poderão dizer: "Já corri a maratona do Rio", mas eu responderei: " Mas não a  MINHA maratona do Rio, que foi de uma safra especial, com camiseta e medalhas feias, mas foi uma maratona EXCLUSIVA"

E haverá edifícios antigos do centro do Rio fazendo sombra e a impressão que tenho é que  terei um "dèjá vu" de Porto Alegre, o que em certa parte me assusta, pois me ferrei por lá, mas por outra cria uma oportunidade de consertar erros que cometi em POA,  trocando o Rio Guaíba pelo oceano e o frio pelo calor. Também estarei trocando a solidão daquele fim de semana de 2017 por um acompanhado de amigas corredoras daqui: que mudança!

E estou tão ansiosa e feliz por fazer esta maratona no Rio que quase me salta do peito o coração! E isto é muto estranho e perigoso, porque não tenho ambição nenhuma e não sei se isto é  positivo, pois pareço  também estar com uma confiança exagerada nesta felicidade que antevejo e, por isso, posso fazer bobagens na prova, mas nao consigo parar de me animar e nada está me dando medo, pelo menos por enquanto. Isto não é normal, não sei o que está acontecendo! Parece que o espírito dos maratonistas de todo mundo se apossaram do meu corpo numa sessão religiosa! Não me reconheço naquela mulher apavorada em abril em Ubatuba, que não conseguiu fazer longão, nem mesmo correr, que pensou seriamente em desistir de tudo:  é como se ela tivesse ficado por lá, naquelas trilhas e esta que está por aqui, nem sei quem é!!!

Os "espíritos que me possuíram": espero que não me abandonem no dia 23 de junho

As preocupações técnicas com a maratona se reduzem a um calo na sola do pé, que insiste em doer e nem treinei  ainda com um protetor de calos para saber como será a sensação. Também estou em dúvidas sobre qual tênis correr. Já senti dor na canela, joelho e o tendão, mas nada que me atrapalhasse correr, gosto de pensar que é só cansaço, que o polimento resolverá tudo. Se "quebrar" algo, será durante a maratona e desde que eu a conclua estará tudo bem: planejo um mês de julho bastante tranquilo, descansando o corpo para os objetivos do segundo semestre que ainda não estão bem definidos.

Como foi o último longão? No mesmo percurso anterior e foi tudo de bom, melhor até que da outra vez. Não estou com o ritmo tão bom quanto o ano passado, mas me sinto bem. Andei apenas uma subida, a da Goodyer,  mas não achei o fim do mundo, nunca vejo problema  em andar!

Semana que vem, numa hora destas, estarei- espero- no meu quarto de hotel dormindo super bem, porque sei que na véspera não dormirei nada e até isto já acho que faz parte da maratona! Mas para falar a verdade, por mais que eu esteja animada, não vejo a hora de acabar logo o dia 23 de junho e virar esta página...

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