Na verdade, este primeiro super longo para Floripa seria o
segundo, mas sou meio azarada e nunca acontece as coisas como planejo de
início. Parece Carma, nem sei.
O primeiro super longo era para ter sido mês passado. Eu já
tinha feito 4 “meias” num período de
praticamente dois meses, fiquei meio empolgada e tal, na verdade estou inscrita
em mais 3 este ano, mas este blog é sobre maratona, não as metades que faço por
aí, então vou voltar ao meu primeiro super longo que não aconteceu.
Poxa, meu marido estava de férias, reservei até uma pousada na Praia da Cocanha em
Caraguatatuba e iria fazer os 30km por lá, indo e voltando naquela orla da
praia de Massaguaçu, praia que acho lindíssima de olhar. É coisa antiga esta minha
admiração por aquele lugar, é cada
arrebentação forte que parece música, é
aquela sensação de estar no meio do oceano que não sei explicar. É um pedaço de
beleza impressionante! E durante o longo
eu iria também entrar nos bairros pra
pegar umas estradas de terra, olhe só que percurso fantástico iria ser!
Imagine só a foto linda que eu teria no Instagram, com a
quilometragem conferida pelo Garmim
(sim, agora fiquei moderna!)
Mas fiquei com
Sinisute Bacteriana e o antibiótico recomendado estragou meus músculos, coisa horrorosa, eles pareciam
vidros! Não consegui correr nem 5 km sem ter a sensação do tendão de Aquiles quebrado ou a panturrilha arrebentada ao meio!
Olha que sonho esta orla, "Jesuis" do céu! |
Não vou negar que durante as caminhadas que fiz naquela orla
chorei de frustração, caminhadas que fiz mancando porque é claro que tentei correr e recebi o castigo por ter
tentado.
Era o Carma espetando o dedo no meu nariz.
Então o segundo longo programado que virou o primeiro aconteceu anteontem: 32km, de cara! Sem nem passar
pelos 28km antes, só os 25km já meio que rotineiro. Meio.
O pau iria comer e eu não iria dormir na véspera, como é
comum quando fico ansiosa!
Ainda escolhi um percurso difícil (não que não existam piores nesta região que moro) , mas prefiro a resistência
acima de tudo. Um longo sem pressão de ritmo, mas nada de me arrastar também porque
não sou nenhuma lesma. E no modo lesma parece que dói ainda mais!
Escondi 3 garrafinhas de água no dia anterior, porque havia
um longo trecho sem postos de gasolinas. Fiz fiosioterapia no meu pé três
dias antes porque ele estava muito esquisito (joguei a culpa no tênis, o mesmo
que corri a maratona de Foz. Ele foi pro lixo)
E, depois de 3 horas de sono na noite anterior, deu tudo certo, no tempo que programei. A
única coisa não programada foi parar na padaria pra tomar um Coca-Cola minúscula. Porque adoro tomar coca no meio da
corrida, especialmente nos super longões, me julguem! E eu paro o tempo do
Garmim nesta hora também.
Até achei um trecho com canavial para descansar as solas do
pé naquele mundaréu de asfalto!
Desta vez, quando cheguei , eu não estava no meu limite de
corrida ainda. Ainda daria pra correr mais uns 3km, sem reclamar. Talvez tenha sido a resolução de
comer carboidratos saudáveis na semana e pouco açúcar que ajudou. Talvez foi a gordura retirada na abdominoplastia que me
deixou mais leve . E apesar de ter sentido o endurecimento das panturrilhas
quando acabei o longo, hoje consegui até
correr bem 10km. Sem dores.
Vai fazer um ano que corri a minha última maratona, parece que foi em outra
vida. E estou com medo de dizer, mas fiquei muito feliz neste longo . Porque o
principal objetivo desta maratona de Floripa é curtir os 42km, sem o sofrimento
extremo de sempre.
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