terça-feira, 8 de maio de 2018

O Primeiro Super Longo Para a Maratona de Floripa


Na verdade, este primeiro super longo para Floripa seria o segundo, mas sou meio azarada e nunca acontece as coisas como planejo de início. Parece Carma, nem sei.

O primeiro super longo era para ter sido mês passado. Eu já tinha feito 4 “meias” num período de praticamente dois meses, fiquei meio empolgada e tal, na verdade estou inscrita em mais 3 este ano, mas este blog é sobre maratona, não as metades que faço por aí, então vou voltar ao meu primeiro super longo que não aconteceu.

Poxa, meu marido estava de férias, reservei  até uma pousada na Praia da Cocanha em Caraguatatuba e iria fazer os 30km por lá, indo e voltando naquela orla da praia de Massaguaçu, praia que acho lindíssima de olhar. É  coisa antiga esta minha admiração por aquele  lugar, é cada arrebentação forte que parece música,  é aquela sensação de estar no meio do oceano que não sei explicar. É um pedaço de beleza impressionante! E  durante o longo eu iria também entrar nos bairros  pra pegar umas estradas de terra, olhe só que percurso fantástico iria ser!

Imagine só a foto linda que eu teria no Instagram, com a quilometragem  conferida pelo Garmim (sim, agora fiquei moderna!)
Olha que sonho esta orla, "Jesuis" do céu!
Mas  fiquei com Sinisute Bacteriana e o antibiótico recomendado estragou  meus músculos, coisa horrorosa, eles pareciam vidros! Não consegui correr nem 5 km sem ter a sensação do tendão de Aquiles quebrado ou a panturrilha arrebentada ao meio!

Não vou negar que durante as caminhadas que fiz naquela orla chorei de frustração, caminhadas que fiz mancando porque é claro que  tentei correr e recebi o castigo por ter tentado.

Era o Carma espetando o dedo no meu nariz.

Então o segundo longo programado que virou o primeiro  aconteceu anteontem: 32km, de cara! Sem nem passar pelos 28km antes, só os 25km já meio que rotineiro. Meio.

O pau iria comer e eu não iria dormir na véspera, como é comum quando fico ansiosa!

Ainda escolhi um percurso  difícil (não que não existam piores nesta  região que moro) , mas prefiro a resistência acima de tudo. Um longo sem pressão de ritmo, mas nada de me arrastar também porque não sou nenhuma lesma. E no modo lesma parece que dói ainda mais!

Escondi 3 garrafinhas de água no dia anterior, porque havia um longo trecho sem postos de gasolinas. Fiz fiosioterapia no meu pé três dias antes porque ele estava muito esquisito (joguei a culpa no tênis, o mesmo que corri a maratona de Foz. Ele foi pro lixo)

E, depois de 3 horas de sono na noite anterior,  deu tudo certo, no tempo que programei. A única coisa não programada  foi parar na padaria pra tomar um Coca-Cola  minúscula. Porque adoro tomar coca no meio da corrida, especialmente nos super longões, me julguem! E eu paro o tempo do Garmim nesta hora também.

Até achei um trecho com canavial para descansar as solas do pé naquele mundaréu de asfalto!

Desta vez, quando cheguei , eu não estava no meu limite de corrida ainda. Ainda daria pra correr mais uns 3km,  sem reclamar. Talvez tenha sido a resolução de comer carboidratos saudáveis na semana e pouco açúcar que ajudou. Talvez  foi a gordura retirada na abdominoplastia que me deixou mais leve . E apesar de ter sentido o endurecimento das panturrilhas quando acabei o longo,  hoje consegui até correr bem 10km. Sem dores.

Vai fazer um ano que corri a  minha última maratona, parece que foi em outra vida. E estou com medo de dizer, mas fiquei muito feliz neste longo . Porque o principal objetivo desta maratona de Floripa é curtir os 42km, sem o sofrimento extremo de sempre.

Será que isto irá acontecer? Aguardemos os próximos  capítulos.





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